sábado, 31 de janeiro de 2009

M A K U L A














Macula foi um jogador de futebol que defendeu as cores do glorioso time do Bangu nos anos 1980 e 90. Ele também atuou por Vasco, Fluminense e Palmeiras, entre outros clubes, mas foi pelo Bangu que o meio-campista negro, esguio, parrudo e desengonçado cravou sua marca na memória dos torcedores dos grandes times do Rio. Macula era catimbeiro, malandro e bom de bola. Tinha fama de gente boa e vivia com um sorriso largo estampado na cara. Mas quando o Flamengo enfrentava o Bangu, eu tinha medo do Macula.

E atenção para esta informação de importância vital: segundo o site Wikipedia, atualmente, Macula trabalha no mercado imobiliário! Portanto, se você estiver procurando moradia e esbarrar com o carrasco de Moça Bonita, avise ao pessoal da festa MAKULA. Sim, Macula (com “k”) virou nome de festa e não foi por acaso. Foi, de fato, uma singela homenagem ao ex-jogador. E o pessoal da festa gostaria muito de ver o negão desfilar o seu sorriso imaculado pela pista na noite do evento.

A MAKULA, que estréia nesta sexta-feira (dia 06 de fevereiro), no segundo andar do Cine Lapa (RJ), é uma festa de música africana comandada pelos DJs Lucio Branco, Gustavo Benjão e Zé McGill. A ideia do nome MAKULA surgiu numa mesa do Bar do Mineiro, em Santa Teresa, após quatorze garrafas e meia de Antarctica Original. Mas a vontade de produzir uma festa 100% África surgiu um pouco antes, já que os três DJs são viciados em Fela Kuti, Manu Dibango, Daktaris, Antibalas, Mulatu Astatke e Orchestra Baobab, entre outros monstros da música do monumental continente crioulo.

Mas foi ali, no Bar do Mineiro, que o Lucio Branco começou a sugerir nomes para a festa, e botou na mesa duas opções: Maculelê (a dança de origem afro-indígena) e Makélélé (o jogador nascido no Congo, que defendia a seleção francesa). Na hora, gostei de Makélélé, mas pensei: “Foda-se a seleção francesa!”, e rebati: “Por que não MAKULA?”. E pronto, estava batizado o ritual rítmico que vai fazer a cabeça e os pés de quem já conhece o poder chacoalhante dos sons africanos e surpreender aqueles que pensam que do continente negro só sai batuque de macumba (não que ele não compareça na festa!). Ingressem na lista amiga (ver nosso contato abaixo – favor deixar nome e sobrenome)! Segue abaixo o release oficial da MAKULA, por Lucio Branco.

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A MAKULA, que tem sua primeira edição no 2º andar do Cine Lapa, dia 6 de fevereiro, uma 6ª feira, é basicamente uma festa de Afrobeat, gênero musical que assimila jazz, soulfunky e elementos propriamente africanos criado pelo nigeriano Fela Kuti. Também marcam presença nela alguns outros ritmos africanos como Highlife, Juju, Soukous, Räi e Kuduro.

Comparecem nos CDJs da MAKULA bandas e artistas como Matata, Kaleta, Antibalas Afrobeat Orchestra, Konono, Les Tetes Brulles, Super Rail Band, Babatunde Olatunji, Manu Dibango, King Sunny Ade, Joni Haastrup, Tony Allen, Miriam Makeba, Orlando Julius & His Afro Sounders, Femi Kuti, Wallias Band, Lafayette Afro Rock Band, African Brothers Band, Mulatu Astatke, The Daktaris, Jingo etc (além do referido fundador da banda Africa 70, obviamente) mostrando a potência dos sons e ritmos do continente negro num repertório muito pouco – quando nunca – executado pela grande maioria dos DJs cariocas, e mesmo pelos de outros estados do país.

A MAKULA tem em sua equipe de DJs: Gustavo Benjão (compositor e guitarrista do Conjunto Musical do Amor); Lucio Branco (festas SOUL, BABY, SOUL!, TREPIDANTE e BARRACUDA) e Zé McGill (festa ZAZUEIRA). Para criar o clima afro da noite, no telão são exibidos filmes temáticos como Music is the Weapon (documentário sobre Fela Kuti) e filmes etnográficos de Jean Rouch.

A grife BALACO, especializada em roupas e design de inspiração afro-brasileira, dá o tom geral da MAKULA. Além da projeção no telão das vinhetas assinadas pela estilista e designer da BALACO, Júlia Vidal, são produzidas por ela atrações que vão desde a caracterização da hostess à dos percussionistas que interagem com os DJs nas sessões de LivePA, assim como desfiles, exposições, decoração ambiente, cabeleireiras afro e a presença de dançarinos a caráter na pista. No dia 6 de fevereiro, no Cine Lapa, a BALACO traz e customiza elementos da rica cultura do continente negro para a MAKULA, numa parceria que confere a devida legitimidade a esta festa 100% África.

E atenção para a promoção: quem quiser dar um confere na MAKULA após o show da banda Little Joy, no Circo Voador, é só apresentar o canhoto do ingresso na entrada do Cine Lapa para pagar apenas R$10,00.

PS: A quem possa ocorrer que o nome da festa tenha relação com o craque do Bangu dos anos 1980/90, saiba que não há coincidência alguma nisso: trata-se mesmo de uma singela homenagem ao carrasco de Moça Bonita.

6ª feira, 06 de fevereiro
Cine Lapa (Av. Mem de Sá, 23 – Lapa) Tel. 2266-1014/2509-5166 – 2º andar
R$16,00 – R$14,00 c/ filipeta

Zé McGill

*Aqui o link para um vídeo de Many Things, música de Seun Kuti, que vai rolar bonito na MAKULA:




3 comentários:

Anônimo disse...

vou aparescer na Makula!!!!
quero desconto!
eu sou sinistro. sou o terror das menininhas...

Miguel Gonzalez disse...

Zé Mcgill, vc anda muito sumido. Dá um "alô", garoto!

Anônimo disse...

Amei a festa! Tem fotos no blog!
http://reverbos.blogspot.com

Beijo grande, Piti